Tarmac mermaids, queens and other sissies: notes on queer scenes and gender violence in Brazil

Main Article Content

Edinaldo Araujo Mota Junior
https://orcid.org/0000-0002-4022-6106

Abstract

In order to understand the nature of violence against the feminine and its reproduction schemes, it is crucial to observe how its inferiorization in the order of gender triggers a network of violence against cis and transgender women, transvestites, effeminate gays and non-binary people. This article reflects upon the abjection of the feminine and its resistance in the Brazilian social-context, based on the proliferation of current pop music artists who derange and reshape gender patterns and norms. These expressions named in the research of deviant musical scenes, by stressing patriarchal, misogynistic and racist values, constitute identitarian engagements and have worked as one of the main mechanisms of the LGBTQI political fight. Based on the notion of the cultural/musical scene, on the feminist criticism of the 1980-1990s and on queer studies, it is proposed to think about how queer scenes negotiate historical traumas and systemic violence, and re-elaborate elements of the dominant culture as counter-discourses. Between spatialities and imaginations, these scenes stand against the notion of the dominant public sphere. It is proposed to think of them as counter-public spaces in which subjects interpret their own identities, interests and needs and re-signify social and community values.

Downloads

Download data is not yet available.

Article Details

How to Cite
Araujo Mota Junior, E. (2022). Tarmac mermaids, queens and other sissies: notes on queer scenes and gender violence in Brazil. methaodos.Social Science Journal, 10(1), 102-117. https://doi.org/10.17502/mrcs.v10i1.539
Section
Articles

References

Benevides, B. G. (2022). Dossiê assassinatos e violências contra travestis e transexuais brasileiras em 2021. https://antrabrasil.files.wordpress.com/2022/01/dossieantra2022-web.pdf

Bento, B. (2016). Transfeminicídio: violência de gênero e o gênero da violência. In L. Colling (Org.), Dissidências sexuais e de gênero (pp. 43-68). Edufba.

— (2017). Transvi@adas: gênero, sexualidade e direitos humanos. Edufba.

Butler, J. (1993). Critically Queer. GLQ: A Journal of Lesbian and Gay Studies,1(1), 17-32.

— (1994). Against proper objects: introduction. Differences: a journal of feminist cultural studies, 6(2–3), 1-26.

— (2000). Agencies of style for a liminal subjects. In S. Hall, P. Gilroy, L. Grossberg, e A. McRobbie (Orgs.), Without guarantees: in honour of Stuart Hall. Verso.

— (2002). Cuerpos que importan: sobre los límites materiales y discursivos del “sexo”. Paidós.

— (2017). Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Civilização Brasileira.

— (2019). Corpos em aliança e a política das ruas: notas para uma teoria performativa de assembleia. Civilização Brasileira.

Cerqueira, D., Ferreira, H., e Bueno, S. (2021). Atlas da Violência 2021. https://bit.ly/3NE8ud2

Colling, L. (2018). A emergência dos artivismos das dissidências sexuais e de gêneros no Brasil da atualidade. Sala Preta, 18(1), 152-167. https://www.revistas.usp.br/salapreta/article/view/125684

Cruz, C., Mendonça, F., e Mota, E., Jr. (2020). Bichas daninhas e a heteronormatividade em catástrofe: cultura pop, performances e temporalidades. In J. Maia, R. Bertol, F. Valle, e N. Manna (Orgs.), Catástrofes e crises do tempo: historicidades dos processos comunicacionais (pp. 263-290). Selo PPGCOM/UFMG. https://seloppgcom.fafich.ufmg.br/novo/publicacao/catastrofes-e-crises-do-tempo

de Lauretis, T. (1987). Technologies of gender: essays on theory, film, and fiction. Indiana University Press.

Fernandes, L. (2021). Rapper, baiano, gay, negro: Hiran carrega identidades com orgulho e usa bandeiras para abrir caminho. Contigo! https://contigo.uol.com.br/noticias/exclusivas/rapper-baiano-gay-negro-hiran-carrega-identidades-com-orgulho-e-usa-bandeiras-para-abrir-caminho-me-deram-forca.phtml

Filho, J. C., Azevedo, R., Ferreira, T., e Mota, E., Jr. (2018). Pabllo Vittar, Gloria Groove e suas performances: fluxos audiovisuais e temporalidades na cultura pop. Revista Contracampo, 37(3), 81-105. https://doi.org/10.22409/contracampo.v37i3.19455

Françoza, D. (2022). “Lady Leste”: álbum de Gloria Groove será lançado em fevereiro. POPline. https://portalpopline.com.br/lady-leste-album-de-gloria-groove-sera-lancado-em-fevereiro/

Gargallo, F. (2012). La urgencia de retomar nuestra radicalidad. In D. Urioste (Org.), Pensando los feminismos en Bolivia - Serie Fondos 2, (pp. 69-88). Conexión Fondo de Emancipación.

Gastaldi, A. B., Mott, L., de Oliveira, J. M., da Silva Ayres, C. S., Souza, W. V. e da Silva, K. V. (2021). Observatório de Mortes Violentas de LGBTI+ no Brasil 2020. https://bit.ly/3Ghh1h9

Gonçalves, J. S. (2021). Novas estéticas para estruturas antigas: tecnologias, próteses de gênero e textualidades do mandato de masculinidade. Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social - Universidade Federal de Minas Gerais.

Guimarães, R., e Braga, C. (2019). Ruídos anti-hegemônicos na música brasileira contemporânea: dissidências sexuais e de gênero. In L. Colling (Org.), Artivismos das dissidências sexuais e de gênero (pp. 309-337). Edufba. http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/32095

Haesbaert, R. (2021). Território como r-existência: do corpo-território ao território-corpo (da Terra). In R. Haesbaert (Org.), Território e descolonialidade : sobre o giro (multi) territorial/de(s)colonial na América Latina (pp. 161-218). CLACSO/PosGeo-UFF. https://bit.ly/371wDtk

Irwin, J. (1973). Surfing: The natural history of an urban scene. Urban Life and Culture, 2(2), 131-160.

Janotti, J., Jr. (2021). Prefácio - Enquanto os homens exercem seus podres poderes. In Rose M. Rocha (Org.), Artivismos musicais de gênero: bandivas, travestis, gays, drags, trans, não-bináries (pp. 7-14). Editora Devires.

Lustosa, T. (2016). Manifesto Traveco-Terrorista. Concinnitas,17(1), 384-409.

Martín-Barbero, J. (2017). Jóvenes: entre el palimpsesto y el hipertexto. Ned Ediciones/ Biblioteca de Infancia y Juventud.

Massey, D. B. (2008). Pelo espaço: uma nova política da espacialidade. Bertrand Brasil.

Mendonça, C. M., e Kolinski Machado, F. V. (2019). E nessa cena a vovó da Pabllo já era transgressora: performances queer na música pop brasileira. Contracampo, 38(1), 51–65. https://doi.org/10.22409/contracampo.v38i1.28054

Moura, B. (2017). Dança, estética e resistência negra na Batekoo. Vice Brasil. https://bit.ly/3qRHgG6

Muñoz, J. E. (1999). Disidentifications: queers of color and the peformance of politics. University of Minnesota Press.

Oliveira, L. X. (2018). A cena musical da Black Rio: estilos e mediações nos bailes soul dos anos 1970. Edufba.

Pelúcio, L. (2005). Na noite nem todos os gatos são pardos: notas sobre a prostituição travesti. Cadernos pagu, 25, 217–248. https://doi.org/10.1590/S0104-83332005000200009

Rincón, O. (2015). Lo pop-pular está de moda: sobre culturas bastardas y quilombos pop-líticos. In F. Saintout, A. Varela, e D.

Bruzzone (Orgs.), Voces abiertas: comunicación, política y ciudadanía en América Latina (pp. 179–214). CLACSO. https://bit.ly/36JAb3x

Rocha, R. M. (2021). Artivismos musicais de gênero: bandivas, travestis, gays, drags, trans, não-bináries. Editora Devires.

Sedgwick, E. K. (2003). Introduction. In E. K. Sedgwick (Org.), Touching feeling: affect, pedagogy, performativity. Duke University Press.

Straw, W. (2013). Cenas culturais e as consequências imprevistas das políticas públicas. In J. Janotti e S. P. Sá (Orgs.), Cenas Musicais. Anadarco.

— (2001). Scenes and Sensibilitie. Public, 22-23, 245-257.

Taylor, J. (2012). Scenes and sexualities: Queerly reframing the music scenes perspective. Continuum: Journal of Media & Cultural Studies, 26(1), 143-156. https://doi.org/10.1080/10304312.2011.538471

Trotta, F. (2013). Cenas Musicais e Anglofonia: sobre os limites da noção de cena no contexto brasileiro. In J. Janotti e S. P. Sá (Orgs.), Cenas Musicais (p. 63-84). Anadarco.

Turner, V. (1988). The Anthropology of performance. PAJ Publications.

Veras, E., e Andreu, O. (2015). A invenção do estigma travesti no Brasil (1970-1980). História, histórias, 3(5), 39-51. https://doi.org/10.26512/hh.v3i5.10829

von Borell, G. (2021). Pabllo Vittar é a drag queen com mais seguidores em qualquer rede social do mundo. Tenho Mais Amigos Que Discos. https://www.tenhomaisdiscosqueamigos.com/2021/05/12/pabllo-vittar-drag-queen-seguidores/

Williams, R. (1979). Marxismo e literatura. Rio de Janeiro: Zahar Editores.